Capítulo 1 do ano 2022 – que seja uma bonita melodia.

Cada ano é um álbum feito de memórias, mas nestes últimos dois, os registos também foram feitos de união. Não há pensamento mais poderoso do que concluir que tivemos de nos unir em consciência, ao mesmo tempo que a ausência de toque era necessária. Uma verdadeira lição. O mundo inteiro partilha do mesmo desafio, sem barreiras, sem fronteiras, sem diferenças. Todos estamos no mesmo barco, a navegar por marés desconhecidas, que pedem forças que também elas estavam por descobrir. O abraço não foi sentido como antes, mas foi sentido através do respeito que demonstramos com as nossas ações. Porém, não tenho dúvidas que todos nós nos cruzamos em conversas com alguém e questionamos se esta pandemia serviu para aprendermos. Muitos disseram: “Não, as pessoas estão cada vez piores. Não aprenderam nada.” Este é um bom exemplo do copo meio cheio ou meio vazio. Apesar de ser difícil perceber certas situações, continuo com fé a olhar para o copo meio cheio. Por isso respondo que o mau talvez tenha ficado pior, mas o bom ficou ainda melhor. O bom ficou mais resistente e mais desperto pela consciência que ganhou, pela solidariedade e pelo respeito que praticou. E que seja sempre assim. Que o bem prevaleça sempre. E tenhamos esperança que o bom contagie o resto. Enquanto isso, é preciso continuar a proteger e a cuidar de vários mundos: o que mora dentro de nós, o que mora dentro dos que estão à nossa volta, e o mundo no qual moramos todos. Que esse cuidado e amor seja a nossa melodia para os próximos capítulos do livro de 2022. Saúde para todos!

– Fabiana Couto