Tomara...

Estes tempos estranhos que vivemos
Tomara a nós guardá-los para contarmos como foi.
Esta saudade que ganhou uma nova definição
Tomara que não a esqueçamos
Nem o que nos impediu de abraçar.

Esta nova realidade que entrou nas nossas vidas
Tomara que possamos aprender com ela
E seguir viagem rumo ao sonho.
Que as linhas tortas por onde Deus escreve
Nos conservem direitos ao longo da caminhada
E tomara que a façamos com orgulho.

Tomara que a vida nos mostre que não há impossíveis
E que despertemos do sono profundo,
Para não deixarmos escapar os detalhes mais bonitos.
Tomara que não se perca a esperança
E que os bons não se escondam mais.

Tomara que a vida nos dê poesia para a viagem
que é longa,
mas pode ser bonita.

Tomara…

– Fabiana Couto

Na obra “Entre o Sono e o Sonho”da Antologia
de Poesia Portuguesa Contemporânea,
Vol. XII, Tomo I, editora Chiado Books.