Somos a soma das poesias que lemos,
daquelas que nos tocaram, das que nos disseram quem somos
e das que nos contaram, sem receios, de que somos feitos.
Somos as feridas que permanecerão,
ainda que curadas, para contarem as histórias que precisam ser lidas.
As que nos lembram o quanto caminhamos (em frente).
“Somos o que fazemos daquilo que nos fizeram.”
Coragem.
Somos histórias. Somos poemas. Somos flores. Somos memórias.
Somos palavras que (muitos) ainda não sabem ler.
Somos fragilidades e somos sensibilidades,
que muitos nos disseram que eram fraquezas.
(Quase que acreditávamos. Ainda bem que não).
São elas que nos fazem humanos.
São elas que nos fazem ser poemas.
Ser sensível. Ser bom. Ser do bem. Ser corajoso por ser tudo isso.
Coragem. Poesia. Gentileza.

– Fabiana Couto